Apresentação

Bem-Vindo à Memorabilia do Ciclismo Português! Toda a história velocipédica lusa de antanho passa por aqui...

O presente blogue, pretende trazer ao conhecimento dos leitores, a epopeia do ciclismo lusitano desde os primórdios da competição velocipédica.
A colocação dos artigos, não segue uma ordem cronológica ou temática.
Não será publicado mais do que um artigo por dia.
A Redacção
NOTA: O blogue não adopta as normas do designado Acordo Ortográfico.

domingo, 15 de outubro de 2017

José Maria Nicolau


José Maria Nicolau
José Maria Nicolau, nasceu no Cartaxo no dia 15 de Outubro de 1908. Começa a sua carreira velocipédica no Grupo Desportivo de Carcavelos, em 1928. Ingressa no Sport Lisboa e Benfica em 1929. Em 1930, vence os 100Km da Golegã, a Volta a Lisboa, o Lisboa-Coimbra e a Taça Olímpica. Em 1931, o Coimbra-Lisboa, a Taça da União, o Grande Prémio de Outono, o Porto-Vigo, a Volta dos Campeões, o Campeonato Nacional de Fundo e a Volta a Portugal, vencendo 7 etapas. Em 1932, vence os 50Km Clássicos, os 100Km Clássicos, o Lisboa-Sintra, o Cartaxo-Lisboa, o Porto-Vigo, os 100Km da Taça Olímpica, as 12 Voltas à Gafa, a Volta dos Campeões, a Taça da União, a Volta a Lisboa, o Lisboa-Benavente, o Lisboa-Coimbra, o Campeonato Nacional de Fundo, o Porto-Lisboa e fica em 2º lugar na Volta a Portugal, vencendo 11 etapas. Em 1933 venceria os 50Km Clássicos, o Lisboa-Sintra, as 12 Voltas à Gafa, o Lisboa-Bombarral-Lisboa e o Campeonato Nacional de Fundo. Em 1934, vence o Circuito de Vila Moreira, o Tábua-Coimbra-Tábua, as 12 Voltas à Gafa, o Porto-Lisboa e a Volta a Portugal, conquistando 3 etapas. Em 1935, venceria novamente o Porto-Lisboa. Em 1939, vence duas etapas no Madrid-Lisboa. O país desportivo, na década de 1930, rejubilou com os seus famosos duelos com o rival sportinguista Alfredo Trindade, também do Cartaxo. Ambos tinham cinco meses de diferença de idade e uma mútua amizade. Nicolau era alto, forte e possante, ao contrário de Trindade, pequeno e franzino. Esta sã rivalidade desportiva entre os dois contribuiu decisivamente para a consolidação dos dois emblemas desportivos, do Benfica e do Sporting, a nível nacional. Nicolau é considerado o maior corredor da História do ciclismo do Benfica, modalidade simbolicamente representada no seu emblema.
Terminaria a sua carreira no dia 24 de Setembro de 1939. Faleceu em 25 de Agosto de 1969, num acidente de viação, quando Alfredo Trindade era, por curiosidade, técnico de ciclismo do Benfica.
Actualmente, o Clube de Ciclismo José Maria Nicolau, fundado em 2003 pelo seu neto José Nicolau, homenageia o atleta, sendo oriundo da terra natal do campeão português (Cartaxo).
Em termos de galardões José Maria Nicolau recebeu a Águia de Prata em 18 de Julho de 1931 e mais tarde, em Janeiro de 1935, o Sport Lisboa e Benfica organizou uma festa de homenagem aos ciclistas, tendo sido então mostrado um retrato a óleo de José Maria Nicolau, em dimensões naturais, da autoria de António Duarte e que ainda hoje podemos encontrar no Museu Benfica – Cosme Damião.
Por sugestão do Sport Lisboa e Benfica, consagrou a edilidade Lisboeta o ciclista José Maria Nicolau no arruamento de ligação entre a Rua Mateus Vicente e o Estádio da Luz, por Edital de 09/06/1992.

Equipa do Benfica com José Maria Nicolau ao centro (1931)

Fontes: Cycling Archives, Portuguese Cycling Magazine, Wikipédia e Toponímia de Lisboa
Foto: Arquivo de família (gentilmente autorizada)


Álbum de fotos a cores do ciclismo de antanho publicadas no grupo do Facebook do mesmo nome

Álbum de fotos a cores do ciclismo de antanho publicadas no grupo do Facebook do mesmo nome
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