Apresentação

Bem-Vindo à Memorabilia do Ciclismo Português! Toda a história velocipédica lusa de antanho passa por aqui...

O presente blogue, pretende trazer ao conhecimento dos leitores, a epopeia do ciclismo lusitano desde os primórdios da competição velocipédica.
A colocação dos artigos, não segue uma ordem cronológica ou temática.
Não será publicado mais do que um artigo por dia.
A Redacção
NOTA: O blogue não adopta as normas do designado Acordo Ortográfico.

domingo, 20 de janeiro de 2019

José Maria Rodrigues


José Maria Rodrigues é um dos muitos ciclistas portugueses esquecidos, que estabeleceu com José Maria Nicolau uma sã e forte rivalidade, antecedendo a já muito sobejamente conhecida diáspora Nicolau/Trindade. Natural de Castanheira do Ribatejo, era igualmente um ribatejano (como Nicolau) e começou a correr em 1930 pelo Campo de Ourique (CACO), sucedendo ao consagrado Quirino de Oliveira. Logo nesse ano, vence os 100 km clássicos do Turcifal, batendo um novo recorde da prova, com 3 h 12 m 40 s. Segunda prova do "ouriquense" e nova vitória no Lisboa-Cartaxo-Lisboa. E a terceira prova dessa época, o «Prémio Olympique», foi por ele novamente ganha, batendo João Francisco e Alfredo Trindade, entre outros ciclistas de nomeada. José Maria Rodrigues e José Maria Nicolau tinham por hábito treinar juntos, evidenciando este último superioridade. No entanto, nas provas oficiais, o "ouriquense" vencia-o sempre. Foi nos 100 km contra-relógio por equipas de 1930, que José Maria Rodrigues conheceria a sua primeira derrota, mercê do poderio físico de José Maria Nicolau, que "arrastou" a sua equipa do Benfica para a vitória, deixando os seus colegas para trás bem como a equipa do Campo de Ourique, que partira com 10 minutos de avanço. Uma sã rivalidade que foi bruscamente interrompida com a morte prematura deste promissor mas ao mesmo tempo já consagrado ciclista, que estabeleceu o primeiro grande despique com o cartaxense José Maria Nicolau.

Fonte: Artigo de Gil Moreira na Revista Stadium 
Foto: Revista Stadium (c) 1946



terça-feira, 1 de janeiro de 2019

João Roque

João Roque
João Henrique Roque dos Santos nasceu a 1 de Janeiro de 1940, em Casalinhos de Alfaiata, Torres Vedras. De origem humilde, cedo começa a trabalhar como pedreiro para ganhar o seu sustento. Um rapaz simples, modesto e acanhado, mas um aldeão rijo, valente e cheio de força. Aprende a andar de bicicleta somente aos 18 anos.

João Roque iniciou em 1958 a sua carreira no Mem Martins SC, na categoria de populares, tendo obtido 35 vitórias, das quais se destaca a do Grande Prémio Pinheiro de Loures.

Descoberto por Américo Raposo, ingressou na secção de Ciclismo do Sporting Clube de Portugal com 19 anos, onde se notabilizou ao ganhar, em 1963, a clássica Porto-Lisboa e a Volta a Portugal, competição onde conseguiu ainda três segundos lugares. Logo em 1961, no seu primeiro ano de leão ao peito, classificou-se no 5º lugar da Volta a Portugal, vencendo colectivamente a prova pelo Sporting, liderado por Américo Raposo, algo que não acontecia há 20 anos. Em 1962 vence a Prova de Abertura da época velocipédica. Classificar-se-ia na Volta a Espanha de 1963 no 32º lugar, o melhor português na prova desse ano.

Foi Campeão Nacional de Contra Relógio por equipas em 1963 e Campeão Nacional de Rampa em 1964. Em 1965 foi segundo na Volta a Portugal. Ganhou ainda a Volta ao Estado de São Paulo no Brasil em 1966 e foi Campeão Regional de Fundo em 1967. 

Considerando um dos melhores contra-relogistas portugueses, foi o primeiro a ser distinguido com o Prémio Stromp do Sporting Clube de Portugal na categoria Atleta Profissional, em 1963.

Foi responsável pela ida de Joaquim Agostinho para o Sporting e fez parte da Comissão de Honra do Centenário do Clube.

Fontes: Sporting Canal e Wiki Sporting
Foto: Wiki Sporting (c) 2008


Álbum de fotos a cores do ciclismo de antanho publicadas no grupo do Facebook do mesmo nome

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